A casa assumiu o papel principal durante a pandemia e, isso mesmo, colocou em evidência uma procura mais orientada para espaços maiores, interiores e exteriores - que permitam uma melhor qualidade de vida e convívio familiar e/ou teletrabalhar.
 
Mas serão estas, efetivamente, novas tendências de mercado que irão resultar em novos comportamentos de compra e arrendamento de imóveis ou simplesmente pesquisas aspiracionais associadas ao momento? E de que forma esta procura está a ter efeitos nos preços e na realização de negócios?
 
É inegável que a procura por moradias e apartamentos com áreas superiores à média assumiram uma papel significativo, porém, ainda é cedo para tirar conclusões convictas sobre uma eventual alteração do perfil de consumo imobiliário e assumir que estas mudanças de comportamento dos consumidores indique uma nova tendência.
 
O comportamento do mercado - nos critérios de valores, perfil de procura, tipologias e áreas - não sofreu alterações significativas face ao ano de 2019. O mercado imobiliário continua ativo, registando uma procura estável, assim como os bancos continuam a conceder crédito à habitação.  É, assim, prematuro assumir novas tendências de mercado relativamente a tipologias de casa ou zonas para adquirir ou arrendar habitações. Estima-se que os proprietários venham a adoptar uma relação mais equilibrada com os compradores, algo que não é apenas positivo, mas também necessário.
 
Os preços das casas não sofreu, para já, grande alteração, quer no que respeita a compra e venda, quer no que respeita ao arrendamento. No entanto, também a mediação imobiliária não poderá fugir aos ajustamentos necessários, encontrando meios alternativos de comunicação e divulgação da sua carteira de imóveis e oferecendo um serviço cada vez mais rigoroso, criterioso e aperfeiçoado.
 
Fonte da notícia: Idealista News.