Geral Portugueses sentem muito frio em casa “A associação aponta o poder de compra dos portugueses e "a electricidade mais cara da Europa" para referir ser "natural que tendam a recorrer a apenas mais roupa" para enfrentar o frio em casa.” 19 dez 2017 min de leitura Eficiência energética Segundo um inquérito divulgado pela Quercus, somente um em cada cem portugueses considera a sua casa termicamente confortável, enquanto quase três quartos dizem ter frio dentro de casa, levando a elevados gastos de energia no aquecimento. Foram cerca de mil inquiridos: - 74% consideram as suas casas frias no inverno, 25% dizem que são quentes no verão e apenas 1% refere que a sua casa é termicamente confortável. Assim os gastos de energia para colmatar as necessidades de aquecimento são elevados. O inquérito foi lançado pelo Portal da Construção Sustentável em colaboração com a Quercus e foi realizado entre Fevereiro e Agosto de 2017 com o objetivo de apurar a eficiência energética das casas dos portugueses (se são frias, quentes ou confortáveis). Dos portugueses que apontam ter a sua casa fria no Inverno: - 35% recorrem a mais roupa e mais equipamentos para se aquecerem; - 21% têm equipamentos para esse fim; - 20% só fazem uso de mais vestuário. No caso dos inquiridos que consideram a sua casa fria: - 21% referem haver "um aumento significativo" de energia – de quase o dobro - para manter o conforto; - 37% dizem não possuir qualquer isolamento em; - 35% não sabem se a sua casa possui isolamento. De nada adianta ter vidros duplos, se… Habitarem em edifícios construídos entre 1980 e Abril de 2004, a maior parte com vidros duplos nas janelas, mas não possuem caixilharias com rutura térmica, "o que de nada adianta a eficiência do vidro", segundo os ambientalistas. Uma investigação realizada pela Universidade de Dublin, no ano de 2003, concluiu que Portugal é um dos países da União Europeia (EU) onde a mortalidade é significativa por falta de condições de isolamento e aquecimento nas casas. Devido à insuficiência energética geram-se problemas de saúde, principalmente dificuldades respiratórias e alergias. “A associação aponta o poder de compra dos portugueses e "a eletricidade mais cara da Europa" para referir ser "natural que tendam a recorrer a apenas mais roupa" para enfrentar o frio em casa.” A eficiência energética, "além de uma necessidade evidente, é uma obrigatoriedade" estipulada na diretiva europeia sobre o desempenho energético dos edifícios. Esta obriga a que a partir de 1 de Janeiro de 2019 os novos edifícios públicos, e de 1 de Janeiro de 2021, os particulares tenham necessidades quase nulas de energia. Sabe-se que 40% do consumo total de energia na UE corresponde aos edifícios, assim, o aumento da sua eficiência energética é uma das medidas necessárias para reduzir a dependência energética e para diminuir as emissões de gases com efeito de estufa. Fonte: Diário Imobiliário Geral Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado